quarta-feira, 31 de julho de 2013

História da vida real.


A História de Ana
Esta historia é verídica, é a história de uma mulher renovada e restaurada pelo Espírito Santo, mas para não identificar a protagonista, dou-lhe o nome de Ana.
Ana converteu-se a Jesus e era muito feliz. Experimentou o novo nascimento, era batizada no Espírito Santo, era ativa na igreja com algumas atividades, era batizada nas águas, assistia aos cultos, cantava no coral, era conselheira dos novos convertidos, e acima de tudo, Ana estava sempre disposta a ajudar, amava Jesus, tudo o que fazia era pensando que o seu maior desejo era servir Jesus. Ana também conhecia a Palavra do Senhor. Inclusive ela tinha alguns cursos bíblicos, e tinha até frequentado a escola bíblica na igreja. Apesar de tudo isso, Ana vivia com mágoas em seu coração.
Ana acreditava que Jesus a tinha libertado. Mas ela tinha muitas feridas vindas da sua infância. Sua mãe - com certeza com a melhor das intenções - tinha-lhe dado uma educação muito “conservadora”. Então a maneira de corrigir e ensinar nem sempre era a mais indicada e usava de métodos que feriam Ana, como por exemplo, chamando-lhe mentirosa sem ela o ser, acusando-a de falsa quando ela era sincera, dizia-lhe que não prestava, não sabia fazer nada, que não iria ser ninguém, não sabia falar, opunha-lhe toda a qualidade de defeitos, não a deixava brincar com outras crianças, e outras coisas que deixavam Ana muito infeliz.
Esse conjunto de situações originou em Ana um estado de rejeição em relação a sua mãe. Inclusive Ana chegou a pensar que não era sua filha, pois fazia comparação com outras crianças da sua idade, e sentia que algo não era igual.
Ana não se lembrava nunca de receber carinho da parte de sua mãe. E desde muito pequenina tinha inclusive um sentimento de abandono.
Sua mãe tinha o costume de ameaçar a família que se ia embora deixando todos. Ana vivia com medo que isso acontecesse.
Estes sentimentos – o medo de ser abandonada, a rejeição, a revolta – alojaram-se no coração de Ana por toda a sua vida, e refletiram-se em todos os seus relacionamentos. O respeito que Ana tinha por sua mãe, fez calar dentro dela uma revolta que se manifestou em tristeza, amargura, falta de interesse por viver (muitas vezes Ana queria morrer), e Ana sentia que não amava sua mãe como desejava. Ouvia suas colegas falar de suas mães com um amor que ela não era capaz de manifestar por sua mãe. E isso feria-a muito. Tinha um grande desgosto.
Agora que Ana encontrou Jesus, buscava na Palavra do Senhor libertação. O Senhor falava: “        2 Coríntios 5.17 Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo ”. Maravilhoso o nosso Deus, sempre tem uma palavra para todas as situações.
Mas Ana continuava as buscas, e Jesus falava: “Jo 8.36 Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”
Ana orava, orava, mas tudo continuava na mesma. Ana continuava a chorar quase todos os dias por causa do seu relacionamento com sua mãe. Ana sentia-se “dominada”, sem conseguir sair daquele domínio. Até o seu relacionamento com Deus foi de algum modo afetado. Disto soube Ana mais tarde.
Então Ana pediu ajuda. Alguém experimentado em cura interior. E também alguém de confiança. Depois de um período de oração, pedindo a Deus direção para o caso, a irmã que ajudou Ana nesse percurso, disse para ela: “Ana, precisas perdoar à tua mãe”. Foi como uma bomba. Ana não entendia nada de cura interior. E não estava a perceber nada dessa conversa de perdoar. Uma vez que era a ofendida, tinha que haver primeiro um pedido de perdão e depois perdoar. Mas é assim que funciona. Foi assim que Deus quis que fosse, e foi assim que foi. E é assim que é. (Mc 11.25 Quando estiverdes orando, perdoai).
Seguiu-se então um processo de cura interior. Quando Ana começou a perdoar à sua mãe, foi tremendo. Tudo começa com o perdão, quando perdoamos aquele que nos ofende, sem pedir nada em troca, é maravilhoso.
Ana começou então a aprofundar sobre o perdão, e chegou à conclusão que o perdão é a chave para todos os bons relacionamentos. Ana apercebeu-se pela Palavra do Senhor, que o perdoar é um mandamento. “L.c. 6.37 perdoai, e sereis perdoados”.
Perdoa, perdoa, perdoa. Não te canses de perdoar. Não te deixes consumir por nenhuma raiz de amargura. Perdoa. Ainda que penses que não podes perdoar porque as ofensas são muito grandes, mesmo assim, perdoa. Se pensas que não és capaz sozinha, mesmo assim, perdoa. Começa só por dizer: eu perdoo (....menciona o nome da pessoa ou o grau de parentesco...). Esse é o princípio. Depois é mais fácil.
Quando Ana começou, nem era capaz de dizer (perdoo à minha mãe), mas ela disse. Esse foi o princípio, depois tudo se foi sucedendo. O Espírito Santo vai-te guiando. E as feridas vão começar a ser saradas.
Algum tempo depois de começar o processo de cura, aconteceu algo maravilhoso. Ana começou a sentir um amor profundo por sua mãe. Algo que ela nunca tinha experimentado. E, coisa curiosa, o Senhor começou a mostrar a Ana, passagens da sua infância, em que ela foi muito feliz, e em que ela pode ver o amor de sua mãe para com ela. Já havia sinais de restauração.
É isto que o Senhor quer - restaurar a nossa vida. Só assim podemos ter vida abundante como Jesus prometeu. Ninguém consegue viver um presente feliz, pensando num passado infeliz. Como vimos acima, Jesus libertou-nos (quem está em Cristo é nova criatura), essa libertação tem que abranger o passado (as coisas velhas já passaram tudo se fez novo).
A Palavra de Deus tem que funcionar. Ela é viva. Ela é Jesus em pessoa. Quando lemos a Palavra, ouvimos Jesus falar. Temos que aprender a colocá-la em atividade em nossas vidas.
Depois aconteceu outra coisa. Ana não percebia o processo de cura interior. Mas Jesus explicou-lhe.
Então Jesus disse a Ana: “supõe que possuis um móvel feito de uma madeira muito valiosa. Esse móvel é teu porque tu o herdaste, ele era dos teus antepassados. Devido ao seu percurso acidentado, ele encontra-se danificado. Mas como se trata de algo de muito valor, tu queres mandar restaurá-lo. Assim sendo, procuras um homem especializado em restauração da madeira. Levas o móvel até esse homem e o processo começa. O homem vai usar vários materiais para restaurar o móvel. As “feridas” do móvel vão ser tratadas, algumas até vão ser removidas, através dum processo de raspagem”.
Foi aqui que Jesus fez a comparação entre Ana e o móvel de madeira muito valiosa. Então Ana começou a compreender a relação entre ela e o móvel de madeira de grande valor. Ana percebeu como ela é também de grande valor para Deus. Por isso é que Deus nos quer restaurar, é pelo muitíssimo valor que temos para Ele. As feridas que trazemos do passado, muitas vezes nos impedem de nos relacionarmos com Deus como Ele quer. São barreiras, empecilhos. É aqui que entra o perdão. No caso do móvel de madeira, o material usado para restaurar é: lixas, óleos, diversos materiais de raspagem, e etc. No nosso caso, Deus usa o Espírito Santo, e o perdão. Quando perdoamos, estamos a restaurar relacionamentos. O pecado da falta de perdão cai por terra. Mas é o Espírito Santo que conduz todo o processo.
Ana vive agora como nunca. Depois de ter sido restaurada, ela pode agora partilhar com outras pessoas o seu testemunho. Quando ela fala da sua mãe, ou quando se lembra da sua infância, já não é com mágoa, e ela agora pode dizer que ama muito a sua mãe. Os relacionamentos foram restaurados. As feridas foram saradas. A Palavra do Senhor cumpriu-se. Além disso ela serve ao Senhor com muita alegria, tem gozo no seu coração, e muito mais sensibilidade para escutar o Espírito Santo.

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